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Bioeconomia florestal possibilita o desenvolvimento sustentável da Amazônia e de outros ecossistemas

Ao transformar ativos biológicos em produtos de alto valor agregado, a bioeconomia contribui para a preservação do meio-ambiente e o progresso econômico e social

Você sabia que o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo? Esse fato gera uma oportunidade e um desafio: como explorar economicamente essa biodiversidade e, ao mesmo tempo, preservá-la sem alterar o equilíbrio ecológico? Um caminho que o Agroreset defende para isso é a bioeconomia florestal, também conhecida como bioeconomia da floresta.

O que é bioeconomia florestal?

Os ecossistemas brasileiros são ricos em ativos biológicos de plantas e animais que podem se tornar produtos de alto valor agregado, gerando desenvolvimento sustentável. A Amazônia, por exemplo, detém a maior biodiversidade do planeta. São cerca de 16 mil espécies de árvores e mais de 5.500 espécies de vertebrados.

A bioeconomia da floresta é um meio de industrializar esses ativos por meio de um extrativismo ecológico sem alterar o equilíbrio do ecossistema.

Esse modelo surge como uma terceira via, entre o puro conservacionismo (primeira via) e o puro desenvolvimentismo (segunda via). Enquanto a primeira via enfatiza somente a proteção de grandes áreas florestais, deixando-as intocadas, a segunda baseia-se no desmatamento para uso intensivo da terra para a agropecuária, a mineração e energia elétrica.

A terceira via, proposta pelo professor Carlos Nobre (doutor em meteorologia pelo MIT e ex-pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa – INPE), defende dar prioridade ao desmatamento zero e à restauração florestal por meio do desenvolvimento sustentável baseado na bioeconomia da floresta em pé e rios fluindo.

O conceito surge da própria cultura e do conhecimento tradicional dos povos ribeirinhos e indígenas da Amazônia, que desde sempre aproveitam o que a floresta oferece sem destruí-la. A bioeconomia florestal aproveita esses ativos naturais para a produção de alimentos, medicamentos, produtos de base biológica para as mais diversas indústrias e bioenergia.

Conheça alguns exemplos

Um exemplo é o cultivo de cacau. O cacaueiro requer a sombra da floresta para crescer e dar frutos. Por isso, os produtores plantam pés de cacau dentro da floresta e preservam as árvores mais altas, que geram a sombra necessária. Assim, só é necessário desbastar a parte interna da floresta, o chamado sub-bosque, para colher o fruto e vendê-lo à indústria do chocolate.

Outro exemplos incluem marcas de perfumes produzidos com óleos essenciais da Amazônia, coletados usando-se a mão-de-obra e o conhecimento tradicional dos habitantes da região de maneira sustentável. Dessa maneira, é possível usar esses ativos biológicos o máximo possível sem exaurir as plantas e ainda gerando renda para uma comunidade tradicional. E ainda gerando progresso social ao aumentar a renda e a qualidade de vida aos povos da floresta.

Em projetos de bioeconomia florestal busca-se não alterar o ecossistema, ou alterá-lo minimamente sem afetar o seu equilíbrio. É uma prática essencialmente extrativista, aproveitando o que já está disponível na natureza, porém fazendo isso com critério, sem exaurir os recursos naturais.

Bioeconomia é uma tendência mundial 

Essa é uma tendência global defendida, por exemplo, pela FAO, agência da ONU que lidera esforços para a erradicação da fome e combate à pobreza. E que defende a bioeconomia como meio de se combater a poluição e as mudanças climáticas.

Em 2018, Maria Helena Semedo, diretora-geral adjunta da FAO para Clima e Recursos Naturais, afirmou durante a Cúpula Global de Bioeconomia que:

“Uma bioeconomia sustentável, que utiliza biomassa – materiais orgânicos, como plantas e animais – em oposição aos recursos fósseis para produzir bens materiais e alimentos, é fundamental para a natureza e para as pessoas que cuidam dela e produzem biomassa”.

Ela completou a sua explicação afirmando que esse processo envolve agricultores familiares, silvicultores e pescadores que, segundo ela: “possuem conhecimentos importantes sobre como gerir recursos naturais de forma sustentável”. E defendeu ainda que a esse saber tradicional, que deve ser valorizado, se aliem inovações como a biotecnologia e tecnologias da informação, a fim de atender aos setores agrícolas.

Corroborando essa opinião, o relatório A Bioeconomia Brasileira em Números, publicado pelo BNDES afirma que: “para o país, além de significativos efeitos positivos do ponto de vista ambiental, a bioeconomia tem um elevado potencial de adição de valor, especialmente ao agronegócio, atividade em que o Brasil é notadamente competitivo”.

Como explicamos anteriormente, a bioeconomia florestal faz parte dos três segmentos que o Agroreset defende para fomentar o agronegócio sustentável, tornando o Brasil protagonista global do desenvolvimento sustentável. Sendo os outros dois as agroflorestas regenerativas e os sistemas orgânicos.

Fontes de informação

https://jornal.ufg.br/n/139099-e-possivel-dar-relevancia-a-bioeconomia-na-amazonia-e-preserva-la

http://kaleydos.com.br/bioeconomia/

http://kaleydos.com.br/para-fao-bioeconomia-pode-alimentar-o-mundo-e-salvar-o-planeta/

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